O diagnóstico psicológico é uma ferramenta útil para identificar desafios e orientar intervenções, mas não deve ser encarado como uma definição estática da pessoa. Eu vejo o diagnóstico como um ponto de partida, que auxilia na compreensão inicial das dificuldades do indivíduo, mas sempre respeitando sua singularidade e história de vida.
Cada pessoa é única e vive suas experiências de forma própria. Por exemplo, uma pessoa diagnosticada com ansiedade pode vivê-la como um medo constante de errar, enquanto outra a percebe como um estado de alerta extremo diante de possíveis perigos. Compreender essas diferenças é essencial para um processo terapêutico eficaz e significativo.
Na terapia, meu papel não é o de especialista que interpreta ou oferece soluções prontas, mas o de facilitadora empática, que oferece um espaço de acolhimento e compreensão genuína. Esse ambiente permite que cada pessoa explore suas dificuldades sem medo de julgamento, promovendo autocompreensão e mudança.
O diagnóstico, assim, é um elemento que auxilia no entendimento inicial, mas nunca substitui a singularidade da vivência humana. Mais importante do que o "nome" dado às dificuldades é a forma como a pessoa se sente compreendida, acolhida e apoiada em sua jornada de transformação. Para mim, é na relação terapêutica que reside o verdadeiro potencial para a mudança.